Princípios de design
Afinal, o que é um 'bom' design pra gente?
"Design principles are shared guidelines that capture the essence of what good design means for the team, and advice on how to achieve it." — Alla Kholmatova
Camadas
Como ponto de partida, buscamos enxergar o design em três camadas. Dessa forma, saberemos ancorar os princípios nos lugares certos.
Na ordem de prioridade, temos:
Valor de negócio: O que construímos resolve uma dor real da pessoa usuária.
Usabilidade: O que construímos é fácil de ser usado.
Estética: O que construímos dá vontade de usar.
Anatomia de um princípio
Anatomia de um princípio | |
Nível | Valor de negócio / Usabilidade / Estética |
Nome | - |
Descrição | Ponto de vista do princípio e resultados esperados |
Pergunta-chave | Pergunta que pode ser usada em sessões de design review |
Boas práticas | Podem ser usadas como checklist no dia-a-dia |
Sucesso através de contexto
Nível: valor de negócio
Preferimos contextualizar e comparar as experiências do que isolá-las na plataforma. Assim aumentamos as chances de sucesso mais rápido.
Acreditamos que todos os talentos são únicos. Porém, recrutamento é uma atividade de comparação por natureza. Profissionais comparam empresas. Empresas comparam profissionais. Isolar essas experiências (tratando-as como incomparáveis) deixa as pessoas usuárias alienadas sobre elas em relação ao mercado.
Ter contexto do que as outras pessoas estão fazendo, das boas práticas e do que é sucesso reduz a ansiedade e as chances de erro. Sabemos o que tem pra fazer e se estamos indo bem ou não. Nos sentimos confiantes.
Pergunta-chave
Quais partes poderiam dar mais contexto para as pessoas usuárias?
Boas práticas | Exemplos |
Os resultados que uma pessoa usuária pode gerar ao interagir com uma funcionalidade estão claros para ela. | Usar blank state para mostrar possibilidades e caminhos |
Está claro para a pessoa usuária o que é o sucesso da tarefa que ela está executando | Olhar X perfis em X tempo |
Usuário vê os resultados contabilizados do que ele já gerou de resultado | Horas economizadas |
Eficiência através de direção
Nível: usabilidade
Preferimos direcionar as ações da pessoa usuária do que deixá-la explorando a plataforma. Assim, reduzimos seu tempo por tarefa.
Temos três motivos para pegar na mão das pessoas usuárias:
Podemos dizer que o mercado de HR Tech ainda está amadurecendo no Brasil. Empresas, principalmente, não têm anos de experiência no uso de ferramentas online de recrutamento;
Nosso modelo de negócio é diferente: não trabalhamos ofertando vagas, como a maioria dos outros players.
Estamos também aumentando nosso portfólio de produtos, com modelos mais disruptivos do que já temos.
Pergunta-chave
Quais partes do produto e do processo estão permitindo que o usuário se perca?
Boas práticas | Exemplos |
Pessoa usuária tem clareza da próxima ação sempre que termina o que estava fazendo | Sugestão de próximos passos |
Pessoa usuária consegue desfazer e reverter tarefas sempre que possível | Botão voltar, alterações no perfil |
Pessoa usuária consegue aproveitar dados gerados em outras partes do produto e em ferramentas diferentes para ganhar tempo | Integração com Linkedin, ATS com Prime |
Intuição através de simplicidade
Nível: estética
Preferimos trabalhar com baixa densidade de informação. Assim reduzimos a inércia da pessoa usuária para começar e terminar tarefas.
É difícil falar sobre estética. Bonito, feio, clean, leve: é tudo muito subjetivo, é pouco acionável. Para nós, a camada estética tem a ver com remover inércia. Se nosso produto gera valor para os usuários e ele faz a mesma tarefa mais rápido lá dentro, o que falta para ele ser incrível então?
Falta a camada mais visceral. Quando a pessoa bate o olho, ela sente vontade de começar. E de voltar depois. Para chegar lá de forma objetiva, observamos que isso só é possível ao reduzirmos a densidade de informação na tela. Quanto menos informação, menos escolhas, menos inércia.
Pergunta-chave
Quais partes estão sobrando?
Boas práticas | Exemplos |
Pessoa usuária realiza a tarefa em passos menores, não encarando tudo de uma vez | Fluxo de sign up faseado |
Usamos metáforas do mundo real para construir as interações | Board de gestão de talentos |
Pessoa usuária acessa o mínimo possível de informação para seguir com a tarefa sem depender da memória | Informações sobre a vaga na mesma tela para conversar com os talentos |
Observações
Usar animação para dar contexto e senso de espaço, não dependendo apenas de texto e imagens para informar (Ex.: gif explicando como copiar informações do LinkedIn)
Não escrevemos por escrever. Cada palavra é uma oportunidade de fazer a pessoa usuária avançar. Usamos gatilhos psicológicos para embasar nossas decisões de copy.
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